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Adultos - Adolescentes - Crianças















19/03/2010

Quando as crianças mordem

Alguém já recebeu aquele bilhetinho da escola dizendo que o filho mordeu outra criança, ou que já foi mordido? Pois é, essa é uma situação nada agradável nem para a criança que morde, nem para a que levou a mordida e, menos ainda, para os pais. Embora o ato de morder seja comum até os 3 anos de idade.
Por isso é importante começar esse assunto compreendendo o desenvolvimento emocional da criança.
Para começar, vamos enfatizar que essa é a idade da fase oral, onde a interação dos nossos pequenos com o mundo é feita através da boca. Vamos lembrar do bebê que faz essa descoberta e essa busca do prazer através do sugar, chupar, morder, emitir sons... Por exemplo: “Sugar o Seio da mãe” ou ainda mais tarde um pouquinho, quando todos os objetos que ele encontra vão direto para a boca.
Posteriormente, este ato de morder ganha uma “cara” nova, se torna uma forma de expressão, visto que as crianças dessa idade não têm uma linguagem tão completa para isso. As crianças, então, podem morder por vários motivos, como: chamar atenção, disputa de brinquedos ou de espaço, quando são contrariadas, etc. É importante que as pessoas verifiquem primeiro o que desencadeou essa mordida. Ela não planeja morder, mas, é um ato impulsivo para aliviar um desconforto que tenha sofrido, expressar a sua raiva ou ainda para ver a reação do outro.
Mesmo, esse ato sendo comum e, entendendo todo esse processo, ele não deve ganhar a aprovação dos adultos. Então, o que fazer quando acontecer em casa (mesmo que pareça brincadeira: nos pais, avós, tios, babás...) ou na escola (mais comum nos amiguinhos)?
ü A criança que foi mordida deve ser confortada e ouvida, os pais geralmente tendem ensinar a criança revidar ou se afastar daquele amiguinho, mas, esse não é o melhor caminho, pois, a criança que mordeu não fez intencionalmente. O melhor é conversar e mostrar que isso é errado.
ü Não incentive a brincadeira de dar mordidinhas, sei que é irresistível, mas, evite porque na escola ele pode querer brincar igual.
ü A criança que mordeu: fale com tom firme e de desaprovação que o que ela fez não está certo, que dói e que o amigo ficou triste;
ü Lembre-se que mais importante do que só falar, é a forma como você fala. Não adianta dizer que não pode com voz de “doçura”, o tom tem que ser firme. Nessa idade as crianças prestam muito mais atenção nas atitudes e expressões do que nas palavras;
ü Procure saber o contexto em que a situação aconteceu para que você possa conversar melhor com o seu filho, ouça-o e pergunte também para a escola;
ü Faça com que a criança se coloque no lugar do amigo, mostrando que se fosse o contrário ela também sentiria dor e ficaria triste. Este exercício de se colocar no lugar do outro é ótimo, inclusive, em outras situações;
ü Se for dar um castigo combine antes o que vai acontecer se ela morder novamente e, se acontecer de novo não esqueça o que foi combinado, cumpra;
ü Vale lembrar que a punição não deve ser física, e que a criança não deve ser humilhada.


Essa fase da mordida é passageira se for bem conduzida por mãos firmes e afetuosas, seus filhos conseguiram passar bem por essa fase. Mas, se este comportamento persistir por muito tempo, o ideal é procurar um profissional, pois, pode estar relacionado com algum stress emocional intenso como: separação dos pais, chegada de um irmãozinho, filho único que tem mais dificuldade de lidar com a contrariedade...

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